Livro - Aprendendo Sobre Runas
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Capítulo 1 - Runas Antigas
As runas, misteriosas pedrinhas gravadas com glifos foram o presente que Odin, Deus da Mitologia Nórdica, recebeu depois de seu sacrifício durante 9 dias e 9 noites, pendurado na Yggdrasil, a árvore da vida. Depois de passar fome, sede e sofrer com as intempéries, Odin vislumbrou as Runas e então penetrou no mistério da sabedoria.
No primeiro século de nossa era, espalhou-se por toda Europa a arte da leitura das Runas. No entanto, com o crescimento do Cristianismo, ela ficou esquecida, apesar de, na Islândia, ter sido mantida a sua prática até quase os nossos dias. Recentemente, Ralph Blum, antropólogo e escritor, redescobriu seu uso e transformou-o em um belíssimo e bem elaborado trabalho . Fez a interpretação das características de cada um dos simbolismos das letras rúnicas, enumerando-as e colocando-as em uma ordem harmônica e de fácil compreensão. Esse trabalho foi reunido em O Livro das Runas .
As Runas derivam do antigo alfabeto germânico, usado pelos vikings. Inicialmente o alfabeto rúnico era composto de 24 letras. Era chamado Futhark devido as suas 6 primeiras letras ou glifos. Era também dividido em 3 grupos de 8 letras, denominados aett, o que significa em números de 8. Às 24 Runas iniciais foi acrescida mais uma Runa em branco. É a Runa de Odin. Sem inscrição, representando aquilo que não pode ser evitado: a predestinação.
As escritas rúnicas mais antigas foram descobertas na Dinamarca e em Schleswing; provavelmente, são de meados do séculos III e IV. Estiveram em grande uso na Escandinávia durante muitos séculos e em algumas remotas regiões da Suécia, até quase os tempos modernos. Objetos arcaicos, encontrados no litoral do Mar Negro, ao longo do Danúbio e na Coríntia, levam à conclusão de que as Runas vieram ter à Escandinávia procedentes da Europa Central. Foram provavelmente levadas por emigrantes godos para outros povos dominados pelos germânicos. Uma das mais notáveis inscrições rúnicas é o Corno Dourado de Gallehus, descoberto em Schleswing.
As Runas chegaram, então à Alemanha e Inglaterra no século V. Foram descobertas inscrições na região do Reno -em Hessen, Nassau, Wuerttenberg, Áustria, Baviera e na região de Saona e Loire na França. Vieram até os nossos dias o conhecimento de seu uso como oráculo. A palavra Runa quer dizer Segredo - É um desafio penetrar nestas lembranças, redescobrindo-as e transformando-as em um instrumento hábil de acesso ao inconsciente para manejamento pessoal em busca do auto crescimento e da auto modificação.
Antigos escritos relatam o uso das Runas, gravadas em pequeninas pedras dos leitos dos rios ou gravetos de galhos de árvores, como Jogo Divinatório. Humildemente, devemos render graças à sabedoria dos que nos legaram aquelas informações, para que hoje, decorridos tantos séculos, pudéssemos ter acesso a essa forma tão simples, prática e efetiva de consultar o Oráculo Viking - a sabedoria ancestral guardada em nós e manifestada através do ato mágico do jogo das Runas.
Alguns escritores nos dão o relato de que havia entre os vikings homens, e principalmente, mulheres que eram Mestres na arte de jogar Runas. Destacavam-se dos demais por suas vestes exuberantes, mantos ornados de pedras na bainha, capuz de peles na cabeça; levavam ainda na mão um bastão e, presa ao cinto, uma bolsa contendo as pedras rúnicas.
Por ser de origem ocidental, o jogo de Runas é um oráculo que tem para nós uma aproximação maior, uma linguagem que fala mais de perto ao nosso coração.
Capítulo 2 - História
A origem das Runas data de tempos imemoriais, oriundas do norte da Europa, muito antes do aparecimento do cristianismo. Os mestres rúnicos da antigüidade riscavam os seus símbolos sagrados em seixos ou em gravetos de uma árvore frutífera, utilizando até o próprio sangue para dar-lhes a força mágica espiritual que almejavam. As Runas não representam um simples alfabeto de uma escrita antiga, mas sim, cada letra é um símbolo sagrado e autônomo. Cada Runa representa um arcano ligado a entidades representativas de Deuses da mitologia nórdica. Os símbolos por sua vez, têm uma energia individual e uma vibração característica que se expressa na força específica de cada Runa.
O campo vibratório se altera na medida em que vários símbolos são conjugados para um trabalho em grupo. É essa força que estimula a intuição do "runamal" (cujo significado é a Runa falada ou os intérpretes que faziam as Runas falarem, o que recebiam esse cognome). Na antigüidade, o profundo conhecimento acumulado era transmitido de geração a geração a um círculo de homens sábios e mulheres de conhecimento que haviam sido iniciados para isso, mas mesmo assim, ele jamais foi monopolizado e concentrado na mão de um grupo restrito como freqüentemente acontece quando o poder é manipulado. Muitos mestres adicionavam novas revelações recebidas durante a convivência intensiva com o oráculo mantendo assim a chama das Runas acesa durante milênios. Mesmo no mundo material da atualidade, os símbolos rúnicos continuam vivos e alcançáveis por quem quer que se interesse por eles. O convívio estreito com o oráculo faz com que o "runamal" ou mesmo o próprio consulente, ganhe uma intuição quase infalível. Embora as Runas representem o oráculo europeu mais antigo não quer dizer que elas não se adaptem a jogos da modernidade. Elas funcionam em forma de baralho, ou em jogos eletrônicos, com a mesma presteza.
Resposta do oráculo será tão precisa como seria se pintássemos os seus símbolos em seixos com o próprio sangue. Todavia, seja qual for o meio de adivinhação rúnica aplicada, sempre deverá ser precedido por um momento de introspeção e concentração para que a sintonia do interlocutor em relação ao campo rúnico possa se estabelecer e que a energia flua corretamente entre os dois pólos estabelecidos. A simbologia rúnica é o portal que se abre para nos conceder acesso ao subconsciente. A pergunta formulada pelo consulente deverá ser clara e objetiva, como: A QUESTÃO É O MEU CASAMENTO. - ou A QUESTÃO É A SAÚDE, etc.
A resposta do oráculo sempre será uma revelação direta, porém envolta em sutilezas que farão com que o interlocutor se auto-analise e mergulhe no fundo de seu ser. A própria raiz da palavra Runa, o "ru", em língua germânica arcaica, é sempre ligado a segredos e mistérios ou há algo muito confidencial. Runwita era um sábio ou conselheiro do rei, conhecedor de todos os "segredos". Runa em alemão arcaico tem o mesmo significado que "raunen" em linguagem atual e quer dizer sussurrar ou confidenciar. O "roun" dos escoceses antigos e o "rún" da Islândia têm a mesma conotação, sempre associado a mistérios e segredos.
Na ocasião em que a atual Grã-Bretanha foi colonizada pelo anglo-saxãos, existiram alfabetos rúnicos com o número de símbolos diferenciados (28 letras e posteriormente 29.) Na região norte da Inglaterra, acima do rio Humber, um pouco mais tarde havia 33 símbolos. - O verdadeiro alfabeto, que além de ser a base para as escritas nórdicas e teve seu uso em magias, rituais e oráculo é o F U TH A R K, composto de 24 símbolos, agrupados em 3 "aetts", ou seja, conjuntos de 8 letras cada, lidas da direita para a esquerda.
O primeiro "aett" corresponde às Runas Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido, Kano, Gebo e Wunjo e a sua regência é de Freyr e Freyja, divindades da fertilidade e da criatividade.
O 2º grupo de "aetts" é composto de Hagalaz, Nauthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perth, Algiz e Sowelu. Regidas por Hemdal e Mordgud , respectivamente o Deus da proteção pessoal e a Deusa, guardiã das entradas para os mundos subterrâneos.
O 3º "aett" tem a proteção do Deus Tyr e de sua companheira Zisa. São entidades guerreiras que em especial, resguardam a autodefesa do individuo. As Runas são: Teiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Inguz, Othila e Dagaz.
Capítulo 3 - Consulta
Para consultar o oráculo você deve ficar em lugar onde não seja incomodados, faça 3 respirações longas e relaxe. Você deve fazer uma invocação ao deus Odin antes de lançar as runas a qual eu não irei revelar pois isso vai ser abordado futuramente. Agora, existem vários métodos de consulta, vou ensinar apenas 2 para que fique mais claro a vocês do que se trata.
1.Lançamento das runas por três: Esse método te da uma leitura satisfatória, a não ser que você se a questão pela qual você está perguntando seja muito complicada. Tendo a questão bem clara em sua mente você deve lançar as runas e depois separar três, uma de cada vez. A primeira falará sobre o presente, a segunda falará sobre uma ação para mudar ou melhorar a situação e a terceira falará sobre o futuro.
2.A runa de Odin: O mais simples de todo, lance as runas e selecione apenas uma para uma visão e compreensão da situação toda.
Capítulo 4 - Significados das Runas
A runa de Odin: Significa o desconhecido. Você precisa de coragem para encontrar seu destino.
Raido: Sua sintonia está perfeita! Suas ação estão sendo tomadas pelos seus sentimentos e não pelas circunstâncias. Equivale a letra: R
Sowelu: Simboliza realização, plenitude, vitalidade e força de vida. Equivale a letra: S
Isa: Está em tempo de você para e pensar. Equivale a letra: I
Thurisaz: Está é a runa da não ação. Você não está em condições de tomar decisões. Equivale a letra: TH
Dagaz: Está runa significa que acontecerá uma volta radical em sua vida, completamente. Equivale a letra: D
Hagalaz: Esta runa significa a destruição do velho. Significa também o despertar. Equivale a letra: H
Laguz: Viva sem medo! Deixe o seu lado intuitivo fluir. Equivale a letra: L
Ehwaz: Esta é uma runa de trânsito, movimento e desvio. Equivale a letra: E
Teiwaz: Você precisa de perseverança, coragem e paciência. Equivale a letra : T
Kano: Significa renovação, claridade. Equivale a letra: C e K
Jera: Esta runa se refere a desfechos benéficos. Você deve esperar sempre o tempo certo, os resultados não são imediatos. Equivale a letra: J
Wunjo: É o momento de para um pouco e prestar a atenção em si. Você está propenso a receber coisas. Equivale a letra: W
Algiz: Nessecidade de controle das emoções. Tenha ciência de que a ação oportuna e a conduta correta são a ùnica proteção verdadeira. Equivale a letra: Z
Fehu: Esta é a runa da plenitude. Ambições satisfeitas, amor realizado, recompensas recebidas. Procure conservar o que já foi ganho. Equivale a letra: F
Eihwaz: Requer-se a perseverança e a previsão. A aptidão de prever conseqüências antes de agir é uma característica de uma pessoa sagaz. Equivale a letra: E
Iguz: Esta runa mostra a necessidade de finalizar todo o projeto começado. Equivale a letra: NG
Nauthiz: Obstáculos surgirão entre você e seus planos. Reconsidere-os e volte a luta. Equivale a letra: N.
Mannaz: O ponto de partida é o EU. Esteja no mundo mas não seja dele. Equivale a letra M.
Perth: Essa runa indica que mudanças vão acontecer ou estão acontecendo. Equivale a letra: P
Gebo: Retirar esta runa indica que alguma forma de associação está ao alcance. Só podem unir-se 2 seres completos, se estes mantiverem sua própria individualidade na união. Equivale a letra: G
Uruz: É a runa do término e novos começos. Crie novas situações na sua vida. Equivale a letra: U e V
Othila: Quando essa runa aparece em um jogo é requerida a separação de algo. Aqui a melhor ação é o recuo, saber como e quando recuar e possuir firmeza de vontade para fazê-lo, Equivale a letra: O
Ansuz: Aqui a chave é o recebimento de mensagens, sinais ou presentes. Equivale a letra: A
Capítulo 5 - Mitologia Grega
Características da Mitologia Grega, principais mitos e lendas, deuses gregos, Minotauro, Medusa, Hércules, a influência da religião na vida política, econômica e social dos gregos.
Introdução:Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Entendendo a Mitologia Grega:Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimera : mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas. Medusa: mulher com serpentes na cabeça
O Minotauro:É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.
Deuses gregos:De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
Conheça os principais deuses gregos :Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Ártemis - deusa da caça e da vida selvagem.
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas.
Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo.
Hermes - mensageiro dos deuses, representava o comércio e as comunicações.
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho.
Capítulo 6 - ALFABETO RÚNICO – RUNIC FUTHARK.
XIRFFF
– girafa no alfabeto rúnico A mitologia nórdica nos conta sobre a criação e o fim do mundo, de deuses e divindades, suas vidas e mortes... Originalmente, os mitos foram repassados oralmente...
A maioria da tradição escrita que nós conhecemos hoje, não foi escrita até o século XIII. Os mitos são parte de um passado distante e foram de vital importância para o povo escandinavo (Norse)...
Os primeiros documentos escritos são caligrafias e manuscritos...De origem escandinava e germânica, trata-se de um dos oráculos mais antigos do mundo, datado de 1300 antes de Cristo, aproximadamente.A Dinamarca (Igreja e Pedras Rúnicas da Colina Jelling) é o berço do conhecimento das Runas, de onde alcançaram a Noruega (Museu do Barco Viking) e a Suécia.
A palavra “RU” é de raiz indo-europeia “to rown”, “roon” ou “round”, e o significado é cochichar, sussurrar, murmurar, segredo, mistério.
Estas palavras eram utilizadas entre os povos anglo-saxônicos, durante o começo da Idade Média.
Já a palavra “RUN”, provavelmente veio do alemão antigo, que significa aquele que sussurra. Alguns etimologistas sugeriram que o termo “runa” designa não apenas um sussurrador de segredos, como também uma “pessoa que sabe”, “um sábio” que pratica as artes secretas da magia...
Os caracteres de Hallristinger, por exemplo, foram usados pelos homens da Idade do Bronze que viveram por volta de 1300 à 1220 antes de Cristo.
Estas gravuras rupestres pré-históricas, a exemplo dos antigos hieróglifos egípcios, consistem em símbolos que encerram um significado religioso. Estes símbolos constituem uma das formas mais antigas da escrita europeia e acredita-se que estes caracteres tenham sido os antecessores do alfabeto rúnico...
A adoração dos cavalos era difundida na Idade do Ferro entre os celtas, escandinavos e germanos, este antigo culto dos “sussurradores do cavalo” constituíam uma sociedade secreta rural organizada nas linhas maçônicas e cujos membros eram ferreiros e trabalhadores agrícolas que lidavam com cavalos.
Dizia-se que os membros dessa fraternidade possuíam um conhecimento secreto ou poderes mágicos, que os capacitavam a domar cavalos selvagens e curar animais doentes, e estes atos eram executados mediante o uso de palavras mágicas, encantamentos e o sussurro ao ouvido dos cavalos.
Só eles possuíam as fórmulas, que só eram transmitidas aos iniciados depois que faziam um terrível juramento de fidelidade ao membro. Os camponeses tradicionalmente os consideravam magos naturais.
Segundo a arqueologia existem inscrições gravadas, datadas dos séculos III, IV, V depois de Cristo, na Escandinávia. E também foram encontradas gravadas em rochas e pedras levantadas na Suécia.
Há uma semelhança entre o alfabeto rúnico e a antiga escrita etrusca, feitas por tribos da região norte da Itália na Idade do Bronze. Os símbolos são compostos de linhas retas, possivelmente porque eram mais fáceis de gravar com os instrumentos primitivos então disponíveis.
Mas a origem se perdeu no tempo, sua tradição pertence ao povo hiperbóreo, nórdicos, que segundo a mitologia grega, cultuavam o deus Apolo. A prática de adivinhação dos povos nórdicos tinham relação com os cultos dos deuses Vanir, que possuíam conotação sexual, pois eram relacionados à fertilidade.
Foram empregadas na poesia, em inscrições sobre pedras, pintadas em conchas, blocos de cerâmica, argila ou cristais; usadas em adivinhações pelos velhos povos europeus, como os germanos, os celtas e mais recentemente os vikings. Mas, embora alfabeto escrito, jamais chegou a ser uma língua falada.
Por volta do ano 1000 de nossa era, os vikings criam a escrita rúnica...
Nos símbolos, gravados em metal, cobre, bronze, ouro, riscados em couro, inscritos em pedaços de madeira ou pintados em seixos, escondem-se, dizem, significados mágicos. Por isso assumiram uma função ritual, transformando-se em um oráculo.
Oráculos porém, não adivinham o futuro... Eles nos orientam para que prestemos atenção ao que se passa dentro de nós, materializando respostas que estão em nosso subconsciente.
As runas são pedras inscritas com letras de um alfabeto antigo, o qual foi desenvolvido na Escandinávia. As letras pertencem à família das línguas germânicas, mas também tem referências em latim e grego.
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
ouX
+W
Y
Z
NG
TH
ou
G
I
R
A
F
A
Exemplares tem sido encontrados em regiões da Europa, desde o mar negro até o Báltico. As inscrições das runas são achadas nas pedras e em movimentos. Elas indicam que as runas eram usadas para proteção mágica... Um exemplo: “No exílio ele deve ter morrido pelos ditos da arte mágica que destruiu este movimento”...
Em 1984, Ralph Blum escreveu o livro das Runas e vendeu peças de cerâmica com as inscrições rúnicas. O usuário pode jogar as runas aleatoriamente e interpretá-las de acordo com o seu desejo. É importante notar que as runas são relacionadas entre si e não podem ser interpretadas separadamente, como no I-Ching, as linhas compõem um hexagrama e não são meramente linhas separadas. As runas tem que ser lançadas com um objetivo, uma pergunta, um propósito, sobre algum assunto que se queira saber.
A criação original do alfabeto rúnico ocorreu antes do século I, quando inscrições “Northern Italic” foram absorvidas e repassadas para o alfabeto latino. O nome “futhark” para a lista de letras, como a palavra “alfabeto”, é derivado do primeiro sentido de letras, na sequência rúnica.
A ordem das letras diferem da ordem do alfabeto latino e é único amongst alfabeto scripts. “Futhark” ou o alfabeto rúnico consiste de 24 letras, originalmente, começando com o “F” e terminando com “O”.
Foi usado por tribos germânicas do norte da Suécia, Noruega, Dinamarca e no norte da Alemanha. Esta forma de runas é conhecida como Elder, ou alfabeto germânico (Germanic Futhark). Mais tarde, versões são anglô-saxões (Anglo-Saxon futhorc e the Younger Futhark).
O selo (abaixo, lado direito) da Suécia emitido em 1962? (Scott: 1120), mostra a pedra rúnica “Rok de Ostergotland” (The Rök rune stone from Östergötland), na Suécia, a qual foi composta no século IX, por Varin Sibbi, no distinto alfabeto rúnico sueco-norueguês, de 16 caracteres. Nove linhas foram gravadas com 24 caracteres antigos de Elder Futhark.
Abaixo (lado esquerdo), selo da Dinamarca emitido em 1953 (Scott: 342), ilustra “The Jelling Rune Stone”, da série “Kingdom for 1000 Years”.
Uma pedra foi gravada pelo filho do rei Gorm, o Velho, e descrita em memória a seus pais, que foram os primeiros rei e rainha da Dinamarca. A pedra Jelling foi feita pelo rei Harald Bluetooth, cerca de 980, na Jelling, em Jylland, a residência real.
O rei Harald ordenou este memorial feito para Gorm, seu pai, e Thorvi, sua mãe. Harald foi quem venceu a Dinamarca e a Noruega... As Nações Unidas declarou a pedra Patrimônio Cultural da Humanidade.
Ole Worm (mostrado no selo), um dinamarquês acadêmico (1588-1988), em vários lugares encontrou diversos artefatos rúnicos. Além deles está a pedra Tullstorp, de Skåne, na Suécia do século XI, na qual está um animal como um leão. O chifre foi também gravado com ornamentos rúnicos.
Selo da Dinamarca emitido em 1988 (Scott: 849).Os países nórdicos estão emitindo um conjunto de série de selos (em 3 partes) sobre a mitologia escandinava... O tema desta primeira parte é “Deuses Nórdicos Escandinavos”.Odin (Odinn) é o deus supremo nórdico. Ele e seus irmãos criaram o mundo e as primeiras pessoas... Odin é onipotente (quem pode tudo) e onisciente (quem sabe tudo). De seu trono, Hlidskjalf, ele vê o mundo inteiro.
O cavalo de Odin, Sleipnir, têm 8 pernas. É dito que quando o mundo chegar ao fim, o monstro, Fenrisulfur, engolirá Odin...
As runas, misteriosas pedrinhas gravadas com glifos foram o presente que Odin, Deus da Mitologia Nórdica, recebeu depois de seu sacrifício durante 9 dias e 9 noites, pendurado na Yggdrasil, a árvore da vida. Depois de passar fome, sede e sofrer com as intempéries, Odin vislumbrou as Runas e então penetrou no mistério da sabedoria.
No primeiro século de nossa era, espalhou-se por toda Europa a arte da leitura das Runas. No entanto, com o crescimento do Cristianismo, ela ficou esquecida, apesar de, na Islândia, ter sido mantida a sua prática até quase os nossos dias. Recentemente, Ralph Blum, antropólogo e escritor, redescobriu seu uso e transformou-o em um belíssimo e bem elaborado trabalho . Fez a interpretação das características de cada um dos simbolismos das letras rúnicas, enumerando-as e colocando-as em uma ordem harmônica e de fácil compreensão. Esse trabalho foi reunido em O Livro das Runas .
As Runas derivam do antigo alfabeto germânico, usado pelos vikings. Inicialmente o alfabeto rúnico era composto de 24 letras. Era chamado Futhark devido as suas 6 primeiras letras ou glifos. Era também dividido em 3 grupos de 8 letras, denominados aett, o que significa em números de 8. Às 24 Runas iniciais foi acrescida mais uma Runa em branco. É a Runa de Odin. Sem inscrição, representando aquilo que não pode ser evitado: a predestinação.
As escritas rúnicas mais antigas foram descobertas na Dinamarca e em Schleswing; provavelmente, são de meados do séculos III e IV. Estiveram em grande uso na Escandinávia durante muitos séculos e em algumas remotas regiões da Suécia, até quase os tempos modernos. Objetos arcaicos, encontrados no litoral do Mar Negro, ao longo do Danúbio e na Coríntia, levam à conclusão de que as Runas vieram ter à Escandinávia procedentes da Europa Central. Foram provavelmente levadas por emigrantes godos para outros povos dominados pelos germânicos. Uma das mais notáveis inscrições rúnicas é o Corno Dourado de Gallehus, descoberto em Schleswing.
As Runas chegaram, então à Alemanha e Inglaterra no século V. Foram descobertas inscrições na região do Reno -em Hessen, Nassau, Wuerttenberg, Áustria, Baviera e na região de Saona e Loire na França. Vieram até os nossos dias o conhecimento de seu uso como oráculo. A palavra Runa quer dizer Segredo - É um desafio penetrar nestas lembranças, redescobrindo-as e transformando-as em um instrumento hábil de acesso ao inconsciente para manejamento pessoal em busca do auto crescimento e da auto modificação.
Antigos escritos relatam o uso das Runas, gravadas em pequeninas pedras dos leitos dos rios ou gravetos de galhos de árvores, como Jogo Divinatório. Humildemente, devemos render graças à sabedoria dos que nos legaram aquelas informações, para que hoje, decorridos tantos séculos, pudéssemos ter acesso a essa forma tão simples, prática e efetiva de consultar o Oráculo Viking - a sabedoria ancestral guardada em nós e manifestada através do ato mágico do jogo das Runas.
Alguns escritores nos dão o relato de que havia entre os vikings homens, e principalmente, mulheres que eram Mestres na arte de jogar Runas. Destacavam-se dos demais por suas vestes exuberantes, mantos ornados de pedras na bainha, capuz de peles na cabeça; levavam ainda na mão um bastão e, presa ao cinto, uma bolsa contendo as pedras rúnicas.
Por ser de origem ocidental, o jogo de Runas é um oráculo que tem para nós uma aproximação maior, uma linguagem que fala mais de perto ao nosso coração.
Capítulo 2 - História
A origem das Runas data de tempos imemoriais, oriundas do norte da Europa, muito antes do aparecimento do cristianismo. Os mestres rúnicos da antigüidade riscavam os seus símbolos sagrados em seixos ou em gravetos de uma árvore frutífera, utilizando até o próprio sangue para dar-lhes a força mágica espiritual que almejavam. As Runas não representam um simples alfabeto de uma escrita antiga, mas sim, cada letra é um símbolo sagrado e autônomo. Cada Runa representa um arcano ligado a entidades representativas de Deuses da mitologia nórdica. Os símbolos por sua vez, têm uma energia individual e uma vibração característica que se expressa na força específica de cada Runa.
O campo vibratório se altera na medida em que vários símbolos são conjugados para um trabalho em grupo. É essa força que estimula a intuição do "runamal" (cujo significado é a Runa falada ou os intérpretes que faziam as Runas falarem, o que recebiam esse cognome). Na antigüidade, o profundo conhecimento acumulado era transmitido de geração a geração a um círculo de homens sábios e mulheres de conhecimento que haviam sido iniciados para isso, mas mesmo assim, ele jamais foi monopolizado e concentrado na mão de um grupo restrito como freqüentemente acontece quando o poder é manipulado. Muitos mestres adicionavam novas revelações recebidas durante a convivência intensiva com o oráculo mantendo assim a chama das Runas acesa durante milênios. Mesmo no mundo material da atualidade, os símbolos rúnicos continuam vivos e alcançáveis por quem quer que se interesse por eles. O convívio estreito com o oráculo faz com que o "runamal" ou mesmo o próprio consulente, ganhe uma intuição quase infalível. Embora as Runas representem o oráculo europeu mais antigo não quer dizer que elas não se adaptem a jogos da modernidade. Elas funcionam em forma de baralho, ou em jogos eletrônicos, com a mesma presteza.
Resposta do oráculo será tão precisa como seria se pintássemos os seus símbolos em seixos com o próprio sangue. Todavia, seja qual for o meio de adivinhação rúnica aplicada, sempre deverá ser precedido por um momento de introspeção e concentração para que a sintonia do interlocutor em relação ao campo rúnico possa se estabelecer e que a energia flua corretamente entre os dois pólos estabelecidos. A simbologia rúnica é o portal que se abre para nos conceder acesso ao subconsciente. A pergunta formulada pelo consulente deverá ser clara e objetiva, como: A QUESTÃO É O MEU CASAMENTO. - ou A QUESTÃO É A SAÚDE, etc.
A resposta do oráculo sempre será uma revelação direta, porém envolta em sutilezas que farão com que o interlocutor se auto-analise e mergulhe no fundo de seu ser. A própria raiz da palavra Runa, o "ru", em língua germânica arcaica, é sempre ligado a segredos e mistérios ou há algo muito confidencial. Runwita era um sábio ou conselheiro do rei, conhecedor de todos os "segredos". Runa em alemão arcaico tem o mesmo significado que "raunen" em linguagem atual e quer dizer sussurrar ou confidenciar. O "roun" dos escoceses antigos e o "rún" da Islândia têm a mesma conotação, sempre associado a mistérios e segredos.
Na ocasião em que a atual Grã-Bretanha foi colonizada pelo anglo-saxãos, existiram alfabetos rúnicos com o número de símbolos diferenciados (28 letras e posteriormente 29.) Na região norte da Inglaterra, acima do rio Humber, um pouco mais tarde havia 33 símbolos. - O verdadeiro alfabeto, que além de ser a base para as escritas nórdicas e teve seu uso em magias, rituais e oráculo é o F U TH A R K, composto de 24 símbolos, agrupados em 3 "aetts", ou seja, conjuntos de 8 letras cada, lidas da direita para a esquerda.
O primeiro "aett" corresponde às Runas Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido, Kano, Gebo e Wunjo e a sua regência é de Freyr e Freyja, divindades da fertilidade e da criatividade.
O 2º grupo de "aetts" é composto de Hagalaz, Nauthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perth, Algiz e Sowelu. Regidas por Hemdal e Mordgud , respectivamente o Deus da proteção pessoal e a Deusa, guardiã das entradas para os mundos subterrâneos.
O 3º "aett" tem a proteção do Deus Tyr e de sua companheira Zisa. São entidades guerreiras que em especial, resguardam a autodefesa do individuo. As Runas são: Teiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Inguz, Othila e Dagaz.
Capítulo 3 - Consulta
Para consultar o oráculo você deve ficar em lugar onde não seja incomodados, faça 3 respirações longas e relaxe. Você deve fazer uma invocação ao deus Odin antes de lançar as runas a qual eu não irei revelar pois isso vai ser abordado futuramente. Agora, existem vários métodos de consulta, vou ensinar apenas 2 para que fique mais claro a vocês do que se trata.
1.Lançamento das runas por três: Esse método te da uma leitura satisfatória, a não ser que você se a questão pela qual você está perguntando seja muito complicada. Tendo a questão bem clara em sua mente você deve lançar as runas e depois separar três, uma de cada vez. A primeira falará sobre o presente, a segunda falará sobre uma ação para mudar ou melhorar a situação e a terceira falará sobre o futuro.
2.A runa de Odin: O mais simples de todo, lance as runas e selecione apenas uma para uma visão e compreensão da situação toda.
Capítulo 4 - Significados das Runas
A runa de Odin: Significa o desconhecido. Você precisa de coragem para encontrar seu destino.
Raido: Sua sintonia está perfeita! Suas ação estão sendo tomadas pelos seus sentimentos e não pelas circunstâncias. Equivale a letra: R
Sowelu: Simboliza realização, plenitude, vitalidade e força de vida. Equivale a letra: S
Isa: Está em tempo de você para e pensar. Equivale a letra: I
Thurisaz: Está é a runa da não ação. Você não está em condições de tomar decisões. Equivale a letra: TH
Dagaz: Está runa significa que acontecerá uma volta radical em sua vida, completamente. Equivale a letra: D
Hagalaz: Esta runa significa a destruição do velho. Significa também o despertar. Equivale a letra: H
Laguz: Viva sem medo! Deixe o seu lado intuitivo fluir. Equivale a letra: L
Ehwaz: Esta é uma runa de trânsito, movimento e desvio. Equivale a letra: E
Teiwaz: Você precisa de perseverança, coragem e paciência. Equivale a letra : T
Kano: Significa renovação, claridade. Equivale a letra: C e K
Jera: Esta runa se refere a desfechos benéficos. Você deve esperar sempre o tempo certo, os resultados não são imediatos. Equivale a letra: J
Wunjo: É o momento de para um pouco e prestar a atenção em si. Você está propenso a receber coisas. Equivale a letra: W
Algiz: Nessecidade de controle das emoções. Tenha ciência de que a ação oportuna e a conduta correta são a ùnica proteção verdadeira. Equivale a letra: Z
Fehu: Esta é a runa da plenitude. Ambições satisfeitas, amor realizado, recompensas recebidas. Procure conservar o que já foi ganho. Equivale a letra: F
Eihwaz: Requer-se a perseverança e a previsão. A aptidão de prever conseqüências antes de agir é uma característica de uma pessoa sagaz. Equivale a letra: E
Iguz: Esta runa mostra a necessidade de finalizar todo o projeto começado. Equivale a letra: NG
Nauthiz: Obstáculos surgirão entre você e seus planos. Reconsidere-os e volte a luta. Equivale a letra: N.
Mannaz: O ponto de partida é o EU. Esteja no mundo mas não seja dele. Equivale a letra M.
Perth: Essa runa indica que mudanças vão acontecer ou estão acontecendo. Equivale a letra: P
Gebo: Retirar esta runa indica que alguma forma de associação está ao alcance. Só podem unir-se 2 seres completos, se estes mantiverem sua própria individualidade na união. Equivale a letra: G
Uruz: É a runa do término e novos começos. Crie novas situações na sua vida. Equivale a letra: U e V
Othila: Quando essa runa aparece em um jogo é requerida a separação de algo. Aqui a melhor ação é o recuo, saber como e quando recuar e possuir firmeza de vontade para fazê-lo, Equivale a letra: O
Ansuz: Aqui a chave é o recebimento de mensagens, sinais ou presentes. Equivale a letra: A
Capítulo 5 - Mitologia Grega
Características da Mitologia Grega, principais mitos e lendas, deuses gregos, Minotauro, Medusa, Hércules, a influência da religião na vida política, econômica e social dos gregos.
Introdução:Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Entendendo a Mitologia Grega:Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimera : mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas. Medusa: mulher com serpentes na cabeça
O Minotauro:É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.
Deuses gregos:De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
Conheça os principais deuses gregos :Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Ártemis - deusa da caça e da vida selvagem.
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas.
Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo.
Hermes - mensageiro dos deuses, representava o comércio e as comunicações.
Hefesto - divindade do fogo e do trabalho.
Capítulo 6 - ALFABETO RÚNICO – RUNIC FUTHARK.
XIRFFF
– girafa no alfabeto rúnico A mitologia nórdica nos conta sobre a criação e o fim do mundo, de deuses e divindades, suas vidas e mortes... Originalmente, os mitos foram repassados oralmente...
A maioria da tradição escrita que nós conhecemos hoje, não foi escrita até o século XIII. Os mitos são parte de um passado distante e foram de vital importância para o povo escandinavo (Norse)...
Os primeiros documentos escritos são caligrafias e manuscritos...De origem escandinava e germânica, trata-se de um dos oráculos mais antigos do mundo, datado de 1300 antes de Cristo, aproximadamente.A Dinamarca (Igreja e Pedras Rúnicas da Colina Jelling) é o berço do conhecimento das Runas, de onde alcançaram a Noruega (Museu do Barco Viking) e a Suécia.
A palavra “RU” é de raiz indo-europeia “to rown”, “roon” ou “round”, e o significado é cochichar, sussurrar, murmurar, segredo, mistério.
Estas palavras eram utilizadas entre os povos anglo-saxônicos, durante o começo da Idade Média.
Já a palavra “RUN”, provavelmente veio do alemão antigo, que significa aquele que sussurra. Alguns etimologistas sugeriram que o termo “runa” designa não apenas um sussurrador de segredos, como também uma “pessoa que sabe”, “um sábio” que pratica as artes secretas da magia...
Os caracteres de Hallristinger, por exemplo, foram usados pelos homens da Idade do Bronze que viveram por volta de 1300 à 1220 antes de Cristo.
Estas gravuras rupestres pré-históricas, a exemplo dos antigos hieróglifos egípcios, consistem em símbolos que encerram um significado religioso. Estes símbolos constituem uma das formas mais antigas da escrita europeia e acredita-se que estes caracteres tenham sido os antecessores do alfabeto rúnico...
A adoração dos cavalos era difundida na Idade do Ferro entre os celtas, escandinavos e germanos, este antigo culto dos “sussurradores do cavalo” constituíam uma sociedade secreta rural organizada nas linhas maçônicas e cujos membros eram ferreiros e trabalhadores agrícolas que lidavam com cavalos.
Dizia-se que os membros dessa fraternidade possuíam um conhecimento secreto ou poderes mágicos, que os capacitavam a domar cavalos selvagens e curar animais doentes, e estes atos eram executados mediante o uso de palavras mágicas, encantamentos e o sussurro ao ouvido dos cavalos.
Só eles possuíam as fórmulas, que só eram transmitidas aos iniciados depois que faziam um terrível juramento de fidelidade ao membro. Os camponeses tradicionalmente os consideravam magos naturais.
Segundo a arqueologia existem inscrições gravadas, datadas dos séculos III, IV, V depois de Cristo, na Escandinávia. E também foram encontradas gravadas em rochas e pedras levantadas na Suécia.
Há uma semelhança entre o alfabeto rúnico e a antiga escrita etrusca, feitas por tribos da região norte da Itália na Idade do Bronze. Os símbolos são compostos de linhas retas, possivelmente porque eram mais fáceis de gravar com os instrumentos primitivos então disponíveis.
Mas a origem se perdeu no tempo, sua tradição pertence ao povo hiperbóreo, nórdicos, que segundo a mitologia grega, cultuavam o deus Apolo. A prática de adivinhação dos povos nórdicos tinham relação com os cultos dos deuses Vanir, que possuíam conotação sexual, pois eram relacionados à fertilidade.
Foram empregadas na poesia, em inscrições sobre pedras, pintadas em conchas, blocos de cerâmica, argila ou cristais; usadas em adivinhações pelos velhos povos europeus, como os germanos, os celtas e mais recentemente os vikings. Mas, embora alfabeto escrito, jamais chegou a ser uma língua falada.
Por volta do ano 1000 de nossa era, os vikings criam a escrita rúnica...
Nos símbolos, gravados em metal, cobre, bronze, ouro, riscados em couro, inscritos em pedaços de madeira ou pintados em seixos, escondem-se, dizem, significados mágicos. Por isso assumiram uma função ritual, transformando-se em um oráculo.
Oráculos porém, não adivinham o futuro... Eles nos orientam para que prestemos atenção ao que se passa dentro de nós, materializando respostas que estão em nosso subconsciente.
As runas são pedras inscritas com letras de um alfabeto antigo, o qual foi desenvolvido na Escandinávia. As letras pertencem à família das línguas germânicas, mas também tem referências em latim e grego.
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
ouX
+W
Y
Z
NG
TH
ou
G
I
R
A
F
A
Exemplares tem sido encontrados em regiões da Europa, desde o mar negro até o Báltico. As inscrições das runas são achadas nas pedras e em movimentos. Elas indicam que as runas eram usadas para proteção mágica... Um exemplo: “No exílio ele deve ter morrido pelos ditos da arte mágica que destruiu este movimento”...
Em 1984, Ralph Blum escreveu o livro das Runas e vendeu peças de cerâmica com as inscrições rúnicas. O usuário pode jogar as runas aleatoriamente e interpretá-las de acordo com o seu desejo. É importante notar que as runas são relacionadas entre si e não podem ser interpretadas separadamente, como no I-Ching, as linhas compõem um hexagrama e não são meramente linhas separadas. As runas tem que ser lançadas com um objetivo, uma pergunta, um propósito, sobre algum assunto que se queira saber.
A criação original do alfabeto rúnico ocorreu antes do século I, quando inscrições “Northern Italic” foram absorvidas e repassadas para o alfabeto latino. O nome “futhark” para a lista de letras, como a palavra “alfabeto”, é derivado do primeiro sentido de letras, na sequência rúnica.
A ordem das letras diferem da ordem do alfabeto latino e é único amongst alfabeto scripts. “Futhark” ou o alfabeto rúnico consiste de 24 letras, originalmente, começando com o “F” e terminando com “O”.
Foi usado por tribos germânicas do norte da Suécia, Noruega, Dinamarca e no norte da Alemanha. Esta forma de runas é conhecida como Elder, ou alfabeto germânico (Germanic Futhark). Mais tarde, versões são anglô-saxões (Anglo-Saxon futhorc e the Younger Futhark).
O selo (abaixo, lado direito) da Suécia emitido em 1962? (Scott: 1120), mostra a pedra rúnica “Rok de Ostergotland” (The Rök rune stone from Östergötland), na Suécia, a qual foi composta no século IX, por Varin Sibbi, no distinto alfabeto rúnico sueco-norueguês, de 16 caracteres. Nove linhas foram gravadas com 24 caracteres antigos de Elder Futhark.
Abaixo (lado esquerdo), selo da Dinamarca emitido em 1953 (Scott: 342), ilustra “The Jelling Rune Stone”, da série “Kingdom for 1000 Years”.
Uma pedra foi gravada pelo filho do rei Gorm, o Velho, e descrita em memória a seus pais, que foram os primeiros rei e rainha da Dinamarca. A pedra Jelling foi feita pelo rei Harald Bluetooth, cerca de 980, na Jelling, em Jylland, a residência real.
O rei Harald ordenou este memorial feito para Gorm, seu pai, e Thorvi, sua mãe. Harald foi quem venceu a Dinamarca e a Noruega... As Nações Unidas declarou a pedra Patrimônio Cultural da Humanidade.
Ole Worm (mostrado no selo), um dinamarquês acadêmico (1588-1988), em vários lugares encontrou diversos artefatos rúnicos. Além deles está a pedra Tullstorp, de Skåne, na Suécia do século XI, na qual está um animal como um leão. O chifre foi também gravado com ornamentos rúnicos.
Selo da Dinamarca emitido em 1988 (Scott: 849).Os países nórdicos estão emitindo um conjunto de série de selos (em 3 partes) sobre a mitologia escandinava... O tema desta primeira parte é “Deuses Nórdicos Escandinavos”.Odin (Odinn) é o deus supremo nórdico. Ele e seus irmãos criaram o mundo e as primeiras pessoas... Odin é onipotente (quem pode tudo) e onisciente (quem sabe tudo). De seu trono, Hlidskjalf, ele vê o mundo inteiro.
O cavalo de Odin, Sleipnir, têm 8 pernas. É dito que quando o mundo chegar ao fim, o monstro, Fenrisulfur, engolirá Odin...